terça-feira, 26 de junho de 2012

UMA GUERRA REAL OU INVENTADA?


O assunto pode inicialmente causar espanto e pasmo, embora diariamente o termo guerra seja uma constante em nossas vidas. Todos os dias temos que enfrentar, combater e gerenciar uma guerra em várias frentes, são os conflitos de ordem pessoal, familiar, social, conjugal, as crises existenciais, a hostilidade ferrenha do capitalismo consumista materialista, os escândalos crônicos da corrupção e do favoritismo, a constante luta desesperadora e quase apelativa pela sobrevivência, entre outras.

Como se não bastasse, temos hoje um número, talvez pequeno ou não, que não sabemos definir ao certo, a não ser considerá-los como libertinos, desprovidos da verdade, da compaixão e do amor ao semelhante. Contudo, sabe-se que por se verem frustrados e decepcionados por não saberem aproveitar as oportunidades propostas pela vida, se tornaram em caçadores de cobaias, bodes expiatórios ou outra coisa do gênero e transformaram-se em especialistas na invenção de guerras procurando com logros, sofismas e argumentos efêmeros a todo custo apresentá-las como real.

Estamos contemplando nestes dias uma dessas guerras inventadas com tônica de realidade. De um lado os religiosos, mas precisamente, os cristãos, evangélicos e protestantes do qual faço parte versus a ala ou classe dos homossexuais. Esses lobos (inventores de guerra) com aparência de ovelhas vendem escandalosa e desmedidamente a ideia defendida outrora por Max, quando fez uso da célebre frase “a religião é o ópio do povo”. Esses dizem que somos um baluarte de reação, obscurantismo e conservadorismo e em casos extremados, fanáticos.

Nessa guerra inventada formulada no mundo do subjetivismo e ancorado nos mais sórdidos desejos egocêntricos, de forma covarde e cruel somos lançados em arenas e coliseus, condenados sem julgamento e sem direito de ampla defesa. Não somos alienados, nem fantoches, porém defendemos causas e direitos legítimos.

É bem verdade que como verdadeiros cristãos jamais abriremos mão das verdades contidas na Bíblia, pois entendemos e temos provado que ela é a verdade e a mais perfeita revelação de Deus a uma humanidade destituída da sua glória e que é incapaz de fazer o bem (Sl.14:2, 3; Rm.3:10-12), por isso mesmo, necessita de redenção, obtida única e exclusivamente em Cristo (Rm.3:23, 24).

Ao contrário do que é vendido, aprendemos diferenciar atitudes e ações praticadas pelas pessoas da pessoa, ou seja, combatemos e condenamos atitudes que procuram revogar o estado gregário e o aspecto comum características fundamentais do conceito de sociedade. A nossa luta, não é contra a carne nem o sangue, ou seja, contra a pessoa, mas sim, contra as fontes originárias que desfiguram e contrariam a natureza humana, sejam visíveis ou invisíveis (Ef.6:12) e que por sua vez, as distanciam ainda mais do seu criador.

Somos chamados de moralistas fundamentalistas porque levantamos a bandeira do não corrupção, da não libertinagem, da não imoralidade, entre outras. Quanto aos homossexuais, o que sempre condenaremos será a prática homossexual e nunca a pessoa homossexual, assim, não é um discordar por discordar, pois partimos de dados científicos (biogênese, biogenética, etc), de estudos sociais e do ambiente, da psicologia (formação da identidade da pessoa, etc) e como regra-mor a Bíblia que claramente nos informa que tais práticas são frutos do poder do pecado que impera no homem e que devem ser trabalhadas e rejeitadas (Lv.18:22; 20:13; Dt.22:5; Rm.1:26, 27; 1Co.6:10; 1Tm.1:10) e por isso mesmo, consideradas abominação.

A falácia, porque julgo ser este o nome apropriado a essa ideia de guerra inventada é tão grave para não dizer descabível, que uns dias atrás ouvi uma matéria em uma emissora de rádio muito conceituada, onde procurava-se fazer propaganda sobre a “parada gay” na Avenida Paulista aqui em São Paulo, que dados fornecidos por uma organização no Estado da Bahia havia computado e apresentado um índice onde pouco mais de 250 homossexuais haviam sido mortos comparados com o mesmo período do ano passado. Agora pasmem e acredite se quiser, “todos foram vítimas de intolerância homofóbica”. Bem, ou isso é uma piada de mau gosto contra os homossexuais ou esses fascistas invencionistas acreditam que podem nos subjugar, subestimando nossa inteligência. Eu me perguntei: Nenhum deles morreu vítimas de acidentes, de doenças diversas, atropelamentos, overdose, etc? Dados assim deveriam constar no livro dos recordes como “o cúmulo das aberrações”. Acreditar em um fato como esse é o mesmo que dizer que “todas” as crianças que morreram em um dado período foram vítimas de gripe ou diarreia.

Agora amigos leitores, no site www.portasabertas.org.br temos relatos de uma guerra verdadeira e real. Nunca na história da humanidade houve tanta intolerância religiosa contra os cristãos (evangélicos e protestantes). Juntando todos os séculos passados com suas vítimas e mortes o século XXI supera-os, ou seja, em apenas um século houve e há mais mortes de cristãos do que a soma dos demais. Isso sim considero uma guerra cruel sem precedentes.

O que nos resta agora é responder a algumas perguntas. Quem será os beneficiários nessa guerra inventada? Certamente não são os homossexuais. Quem serão os prejudicados? Com certeza não são os cristãos. Quem elaborou a lei que impede que os homossexuais recebam orientação sexual? Quem mais trabalha e promove inclusão social em qualquer nível? Quem mais defende o direito legítimo das pessoas?

A lista é grande, mas termino minhas palavras desmascarando esses inventores de guerra fazendo uso de um versículo da Bíblia Sagrada: “Abominação é, para os justos, o homem iníquo; mas abominação é para o iníquo o de retos caminhos” (Pv.29:27).
Por: Omar João da Silva

Um comentário:

  1. Ótimo texto e ótima formatação. Tamanho ideal para um blog. Muito bom.

    Nota: 10,0

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