sábado, 1 de setembro de 2012

Resenha Teologia Sistemática


Wayne Grudem Pg 197 -357

 

A teologia Sistemática de Wayne Grudem é bem ampla e procura abordar todos os pontos da doutrina cristã com bastante clareza e fundamento bíblico, o que é essencial quando falamos em sistematizar os elementos que compõe a sã doutrina. Do cápitulo 9 ao 20 ele trata especificamente da doutrina de Deus, que é de fundamental importância para nós, visto que conhecer e entender  Deus mesmo que em parte, nos proporciona vida melhor e um reflexo nítido do que precisamos ser em Deus, isto é a sua imagem e semelhança, e isso só poderemos ser se analisarmos com coerência a Palavra de Deus que é reflexo de sua perfeita imagem, portanto temos no canon toda autoridade para balisar e restaurar  nossa imagem corrompida pelo pecado.

No capítulo nove Grudem fala sobre a existência de Deus, como sabermos que Deus existe? Ele explica que basicamente podemos ter certeza que Deus existe de duas formas: 1. Toda pessoa tem intuição íntima de Deus 2. Provas da Natureza e das Escrituras. No capítulo dez fala sobre a cognoscibilidade de Deus, Será que podemos realmente conhecer a Deus? Quanto de Deus podemos conhecer?, e nesta área ele define resumidamente com um bom texto bíblico, que nos responde como podemos conhecer a Deus “porque Deus lhes manifestou” (Rm 1.19).

 
Também a criação revela Deus, porém precisamos das Escrituras para interpretar corretamente a revelação natural. Outro ponto de destaque da cognoscibilidade é que jamais poderemos compreender plenamente a Deus (Sl 145.3), temos em sua teologia uma boa comparação: entre a diferença de  conhecer fatos sobre alguém e conhecer a própria pessoa, podemos conhecer fatos sobre o presidente e isso é diferente de dizer conheço o presidente pessoalmente. Algo salutar ainda neste piso é: não podemos conhecer Deus exustivamente, mas podemos conhecer coisas verdadeiras sobre Ele. A seguir no capítulo doze o autor trata de um assunto muito importante: o caráter de Deus em seus atributos, em que aspectos Deus é diferente de nós? Ele classifica os atributos de Deus sobre duas linhas: os comunicáveis e os incomunicáveis. Os incomunicáveis são os atributos que Deus não partilha com os homens: independência, imutabilidade, Eternidade, Onipresença e Unidade.

Dentre os atributos incomunicáveis acredito que a Eternidade merece um bom destaque, pois Grudem se posiciona de maneira correta, defendendo que Deus é um ser Eterno e infinito, Ele não tem sucessão de momentos, nesta explicação realça que Deus tem o poder para agir no tempo. Deus é um Ser infinito e ilimitado, portanto o tempo não lhe impõe limites.

 Já os atributos comunicáveis são aqueles que Deus comunica com os homens, Grudem expõe uma extensa lista classificada na (Pg 131e132), e como parte essencial destes atributos que descrevem o ser de Deus, temos: os mentais, morais, propósito e síntese. No capítulo quatorze seu embasamento teologico é equilibrado e coerente no que corresponde a doutrina da trindade quando diz: “Deus existe eternamente como três pessoas – Pai, Filho e Espírito Santo – e cada pessoa é plenamente Deus, e existe só um Deus.”. Nesta declação, três pontos cruciais são defendidos  bíblicamente por Gudem. 1. Deus existe Eternamente, 2. São “Pessoas” que são plenamente Deus 3. É um único Deus. Nestes pontos e outros mais aprofundados esta sistemática se mostra firme e coeza, chegando até abordar alguns pontos desnecessários.

A partir do capítulo quinze outros temas importantes são mencionados entre os quais: Criação, porque, como e quando Deus criou o universo?, Providência Divina, se Deus controla todas as coisas, será que nossos atos podem ter significado real? Quais são os decretos de Deus? Milagres, Que são milagres? Será que podem acontecer hoje? Oração, porque Deus quer que oremos? Como orar com eficácia? Quem são os anjos? Por que Deus os criou? satanás e os demônios como devem os cristãos encarar hoje satanás e os demônios? e batalha espiritual.

Portanto, podemos observar que neste conteúdo a doutrina de Deus exposto sistematicamente por Wayne Grudem, tudo foi bem argumentado, com boa consistência lógica e muita coerência Bíblica. Quando tratou da criação ele fez pauta o evolucionismo e a teoria darwiniana, utilizando até argumentos seculares com muita propriedade. Através de todos estes estudos podemos adquirir ainda maior firmeza, e ser capacitado a não navegar em nenhuma doutrina estranha que vem surgindo nos últimos dias. Wayne Grudem mostra respeito pela Bíblia como única fonte inspirada, inerrante, infálivel que é único canal entre Deus e os homens, e isto é motivo ímpar para creditar louvor a esta boa teologia.
 
Por: Eduardo Silva

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A trindade e a obra do Espírito Santo


Na doutrina da trindade, encontramos uma das doutrinas que de fato distinguem o cristianismo. Entre as religiões do mundo, a fé cristã é a alegar que Deus é um, mas que, ao mesmo tempo são três pessoas, cada uma com a sua personalidade. No entanto não conseguimos ver com tanta clareza essa doutrina nas sagradas escrituras.

A unidade de Deus

 A religião dos antigos hebreus era uma fé rigorosamente monoteísta, pois naquela época existiam muitos deuses. Os hebreus diferentes dos outros povos não renderam adoração apenas a um único Deus formando assim a fé monoteísta (Adorar um único ser).
A unidade de Deus foi revelada para os hebreus em muitas ocasiões e de diferentes maneiras. Os Dez Mandamentos, por exemplo, começaram com a declaração: ”Eu sou o SENHOR, teu Deus, que tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.2,3).
O ensino a respeito da de Deus não se restringe apenas no Antigo Testamento nos vemos Jesus falar a respeito (Testemunho de Jesus sobre Deus, o Pai: Mt. 6:26, 30; 19:23-26; 27:46; Mc. 12:17, 24-27.). Não só Jesus fala a respeito, mas também Deus (Testemunho de Deus sobre Jesus, Deus Filho: Sl. 45:6; 102:25; 110:1; Fp. 2:5-11; Hb. um.), e o Espírito Santo (Testemunho do Espírito Santo como Deus: MT. 28:19; Jo. 3:8; 16:8-11; At.5:3, 4; 1Co.3:16,17; 12:4-11.).
A crença no único Deus, embora observe que isso é insuficiente para a justificação. Paulo escreve quando discorre sobre a ingestão de carne oferecida a ídolos Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só” (1Co 8. 4-6). Aqui, Paulo, a semelha a lei mosaica, exclui a idolatria, baseado no fato de existir um só Deus. Tiago meu também escreve falando da crença do único Deus que até os demônios se estremecem.

A deidade de Deus

Todos esses indícios, tomados por si, com certeza nos levariam a uma crença monoteísta. Que motivo, nesse caso, levou a igreja a ir alem dessas indicações? Foi o testemunho bíblico complementar de que três pessoas com personalidades “diferentes” são um único Deus.

Formulações Históricas

Durante os dois primeiros séculos depois de Cristo, houve pouco esforço consciente de lutar com as questões teológicas e filosóficas do que hoje entendemos por doutrina da trindade. Pensadores com Justino e Taciano destacaram a unidade da essência entre a Palavra e o Pai, usando a figura da impossibilidade de separar a luz da sua fonte, o sol. Dessa forma, ilustram que, embora a Palavra e o Pai sejam distintos, não podem ser divididos ou separados.

O monarquismo dinâmico

No final do século II e no século III, houve duas tentativas de elaborar uma definição precisa do relacionamento entre Cristo e Deus. As duas concepções são tratadas por monarquismo, uma vez que destacam a singularidade e a unidade de Deus, mas apenas a última reivindicou essa designação para si. O monarquismo dinâmico sustentava que Deus estava dinamicamente na vida de Jesus  “homem”. Havia uma obra ou força de Deus que atuava sobre, em ou por meio de Jesus homem, mas não havia uma presença real de Deus nele.
O monarquista Teódoto, asseverava que, antes do batismo, Jesus era um homem comum, embora completamente virtuoso.  Essa idéia de monarquismo dinâmico nunca chegaram a se difundir.

O monarquismo modalista

Em contraste, o monarquismo modalista era um ensino popular, muito difundido. Enquanto o monarquismo dinâmico parecia negar a doutrina da Trindade, o modalismo parecia negar a doutrina da Trindade, o modalismo parecia afirmá-la. Ambas as variedades do monarquismo desejavam preservar a doutrina da unidade de Deus. O modalismo porém, também se devota profundamente à plena divindade de Jesus.

A formulação ortodoxa

A doutrina da Trindade foi enunciada em uma série de debate e concílios, em geral parte, causada pelas partes da controvérsias provocadas por movimentos tais como monarquismo e o arianismo. Foi Concílio de Constantinopla (381)  que emergiu uma formulação definitiva em que a igreja explicitou as crenças que estavam implícitas. A concepção que prevaleceu foi basicamente a de Atanásio (293-373), conforme a elaborada e aperfeiçoada pelos teólogos capadócios.
Os capadócios Basílio, Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa. Tentaram expor os conceitos da substancia comum das pessoas múltiplas distintas usando a analogia de um universal e seus particulares as pessoas da Trindade estão para a substância divina, assim como os homens estão para o homem universal (ou a humanidade). 
 É evidente que a fórmula ortodoxa defende a doutrina da Trindade contra o perigo do modalismo.  Mas será que o fez à custa de cair no erro oposto—o  triterismo? Na superfície, o perigo parece considerável. Dois pontos foram, no entanto, levantados  para resguardar a doutrina da Trindade do triteismo.
 Em primeiro lugar, observou-se que se pudermos encontrar uma única atividade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, o qual, de maneira nenhuma, seja diferente em alguma das três pessoas, precisamos concluir que existe o envolvimento de apenas uma substância idêntica. A revelação origina-se no Pai, procede por meio do Filho e é completada no Espírito. Também insistiam na indivisibilidade da substância divina.
 Em segundo lugar, houve uma instancia na concretitude e na indivisibilidade da substância divina. Muito da critica contra a doutrina da capadócia da Trindade centrava-se na analogia de um universal que se manifesta em particulares. Para evitar a conclusão de que há uma multiplicidade de deuses dentro da Deidade, assim como há multiplicidade de seres humanos Gregório de Nissa afirmou que, no sentido estriro, não devemos falar de uma multiplicidade de seres humanos, mas de uma multiplicidade de um ser humano.  
Elementos essenciais de uma doutrina da Trindade
1) Deus é um e não vários;
2) A deidade das três pessoas deve ser salientada; quanto à qualidade são iguais, divinos da mesma forma e medida;
3) A Trindade é eterna;
4) Deus é um, mas também três;
5) Há subordinação apenas e por vezes na função de um dos membros da Trindade em relação a um ou aos dois membros; mas não há inferioridade em essência;
6) A Trindade é incompreensível.

A busca de analogias

O problema na formulação de um enunciado da doutrina da Trindade não se limita à compreensão de sua terminologia. Isso já é bem penoso; por exemplo, é difícil saber o que “pessoa” significa nesse contexto. A inda mais difícil é compreender as relações internas entre os membros da Trindade. A mente humana às vezes procura analogias para ajudá-lo nesse intento. No nível popular, costuma-se utilizar analogias retiradas da natureza física.
Mas, as inúmeras analogias e ilustrações tendem em erros como o “Triteísmo” ou “Modalistas” em suas implicações. Agostinho, a psicologia e outros, embora brilhantes, suas analogias também se mostraram insuficientes. Para resolver esse mistério e necessário levar em consideração o dito de Augustus Strong – “inescrutável”. Portanto, para todos os fins devemos adorar, orar e cultuar as três pessoas da Trindade e se apegar ao que já foi dito por alguém:
“Tente explicá-la, e perderá a cabeça;
Mas tente negá-la, e perderá a alma”.
A Pessoa do Espírito Santo

A importância da doutrina do Espírito Santo

Há vários motivos pelos quais o estudo do Espírito Santo é especialmente significativo para nós. Um deles é que o Espírito Santo é o ponto em que a Trindade torna-se pessoal para o que crê.

Dificuldades na compreensão do Espírito Santo

Embora o estudo do Espírito Santo seja especialmente importante, nossa compreensão é em geral mais incompleta e confusão nesse ponto que na maioria das outras doutrinas. Um dos motivos para isso é que temos na Bíblia menos revelações explicitas acerca do Espírito Santo consiste em proclamar e glorificar o Filho (Jo 16.14). Em contraste com outras doutrinas, não há discussões sistemáticas acerca do Espírito Santo. Na prática a única discussão ampla é o discurso de Jesus em João 14—16. Na maior parte das ocasiões em que o Espírito Santo é mencionado, ele está relacionado a outro assunto. Para complicar, há uma terminologia infeliz da King James e de outras traduções inglesas mais antigas que se referem ao Espírito Santo como o “Holy Ghost” (Fantasma Santo) muitas pessoas que cresceram usando essas versões da Bíblia entendem o Espírito Santo como alguma coisa por baixo de um lençol branco.           

A natureza do Espírito Santo

A divindade do Espírito Santo

Agora precisamos examinar de perto a natureza do Espírito Santo. Começamos com sua divindade. A divindade do Espírito Santo não se estabelece com tanta facilidade quanto a do Pai e a do Filho. Existem, porem, algumas bases pelas quais podemos concluir o Espírito Santo é Deus nos moldes e no mesmos moldes e no grau do Pai e do Filho.
Em primeiro lugar, devemos notar que as várias referências ao Espírito Santo são intercambiáveis com referências a Deus. Um exemplo notável é encontrado em Atos 5. Ananias e Safira haviam vendido uma propriedade, e levado aos pés dos apóstolos, mas Ananias mentiu dizendo a respeito da propriedade que teria vendido por um valor só que levou um valor menor então disse Pedro “Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisse ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?” (v.3). No versículo seguinte ele afirma: “Não mentiste aos homens, mas a Deus”. Parece que, na mente de Pedro, “mentir ao Espírito Santo” e “mentir a Deus” eram expressões intercambiáveis. 
Alem disso, o Espírito Santo os atributos ou as qualidades de Deus. Um deles é a onisciência. Paulo escreve em 1Coríntios 2.10-11: “...porque o Espírito a todas as cousas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe cousas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as cousas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus”

A personalidade do Espírito Santo

Além da divindade do Espírito Santo, é importante também notarmos sua personalidade. Não estamos lidando aqui com uma força impessoal. Esse ponto é especialmente importante numa época em que tendências panteístas estão entrando em nossa cultura por influência das religiões orientais. A Bíblia deixa bem claro que o Espírito Santo é uma pessoa e possui todas as qualidades inerentes a isso.
A primeira prova é que Jesus nos da que o Espírito é chamado de ” Espírito da verdade” (Jo.16.13)
 A segunda prova da personalidade do Espírito Santo é que Ele é  chamado de “Consolador” (Jo.15.26)
O Espírito Santo também pode ser afetado como acontece com as pessoas, demonstrando-se passivamente, assim, sua personalidade.  Paulo fala dos pecados de entristecer o Espírito (Ef.4.30) e de apagar o Espírito (1Ts. 5.19).
Todas essas considerações levam a uma conclusão. O Espírito Santo é uma pessoa, não uma força, e tal pessoa é Deus, na mesma dimensão e da mesma forma que o Pai e o Filho.
A Obra do Espírito Santo
A obra do Espírito Santo é de especial interesse para os cristãos, pois é particularmente por seu trabalho que Deus se envolve de forma pessoal e atua na vida do crente.  

A obra do Espírito Santo no Antigo Testamento

Muitas vezes é difícil identificar o Espírito Santo dentro do Antigo Testamento, pois este reflete os primeiros estágios da revelação progressiva. Aliás, o termo “Espírito Santo” é raramente empregado nele. A expressão usual é “ Espírito de Deus”. A maioria das referências do Antigo Testamento à Terceira Pessoa da Trindade consiste nos dois nomes: Espírito e Deus.
Uma das mais proeminentes dessas passagens que faz o paralelo com os dois Testamentos é quando Pedro explica o que tivera acontecido no dia de Pentecostes (At.216—21). Na ocasião Pedro nos leva até o profeta Joel, e diz que foi o cumprimento da profecia “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo” (Jl.2.28). é o mesmo Espírito Santo (At.2:16-21). Vemos, contudo, no Antigo Testamento, sua área de atuação na criação (Gn.1:2); na obra contínua na criação de Deus (Jó.26:13); na transmissão das profecias e das Escrituras (Ez.2:2; cf. Ez.8:3; 11:1,24; 2Pe.1:21); na transmissão de certas habilidades para várias tarefas (Êx.31:3-5); na administração (Jz.6:34).

A obra do Espírito Santo na vida de Jesus

Quando examinamos a vida de Jesus, descobrimos uma presença e atividade maciça e poderosa do Espírito Santo em toda extensão. Mesmo o próprio início de sua existência encarnada foi obra do Espírito Santo. Veja as referencias Bíblicas (Is.7.14; Lc.1.35; Is.42.1—4; 61. 1—2; Lc. 4.17—19; At.10.38; Mc.1.8. etc..)

A obra do Espírito Santo na vida do cristão

No ensinamento de Jesus encontramos uma ênfase especialmente forte na obra do Espírito Santo na introdução das pessoas na vida cristã. Jesus ensinou que a atividade do Espírito é essencial tanto na conversão, que é o início da vida cristã a partir de nossa perspectiva, quanto a regeneração, que é o início, da perspectiva com Deus. A conversão é a volta do homem a Deus, isso consiste em um elemento positivo e negativo: arrependimento, ou seja, abandonar o pecado.
A regeneração e a transformação miraculosa do homem e a instalação da energia espiritual. Jesus deixou bem claro a Nicodemos que a regeneração, que é essencial para sermos aceitos pelo Pai, é um acontecimento sobrenatural, e o Espírito Santo é o agente que produz (Jo.3.5,6).  
“Somos iniciados na vida cristã pela atuação do Espírito em nossa conversão e regeneração”

Os dons do Espírito

Romanos 12.6-8. profecia, ministério,ensino,exortação, contribuição, liderança e misericórdia.

 I Coríntios  12.4-11. sabedoria, conhecimento, fé, cura, operação de milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas e interpretação de línguas.
 Efésios 4.11. apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres.
 I Pedro 4.11. falar e servir.
É também importante neste ponto notar algumas observações feitas por Paulo.
1-      Os dons são concedidos para o corpo, a igreja (12.7;14.5,12)
2-      Nenhuma pessoa, sozinha, possui todos os dons (12.14-21)
3-      Embora não sejam igualmente notáveis, todos os dons são importantes (12.22-26)
4-      O Espírito Santo distribui os vários dons a quem lhe apraz (12.11)

Os dons miraculosos hoje

Também conhecidos como notáveis, especiais, de sinais ou carismáticos, que embora atraiam muita atenção, são também motivo de muitas controvérsias. Ex.: Cura pela fé; exorcismo; glossolália.
A controvérsia é se o Espírito Santo ainda dispensa em nossos dias esses dons a Igreja. Se positivo, cada cristão pode e deve receber e exercer algum deles? Durante os períodos da história, não obstante, a questão do Espírito Santo tenha tido pouca ênfase, surgiram, todavia, alguns movimentos.
1) Os montanistas (Montano) na metade do séc. II;
2) Séc. XX surtos de glossolalia na Carolina do Norte, Topeka e Kansas;
3) Pentecostalismo, sem dúvidas, o mais notável, iniciado por um negro chamado William J. Seymour, em uma antiga igreja metodista na Rua Azuza, 312 Los Angeles. Daí e em especial na Escandinávia e em países do terceiro mundo e na América Latina, o pentecostalismo ganhou força e continua poderosamente até hoje.
O que se conclui é: “Ser cheio do Espírito não é tanto uma questão de obter mais do Espírito, mas de Ele possuir uma fatia maior de nossa vida”.

Implicações Espírito Santo

1-      É o Espírito Santo que nos concede os dons que possuímos;
2-      Ele fortalece-nos na vida e no serviço cristão;
3-      Ele é sábio e soberano ao dispensar seus dons à igreja;
4-      Ninguém possui todos os dons e nenhum dos dons é para todos;
5-      Ele nos dará conhecimento da vontade de Deus e entendimento de sua palavra;
6-      É correto orarmos e agradecermos a Ele por sua obra singular que realiza em nós.

Referências Bibliográficas 

ERICKSON, J. Millard. Introdução à Teologia Sistemática. Ed. Vida Nova. São Paulo, 2007.
Por: Wellington Fernandes Soares

A CEIA DO SENHOR


Abordaremos nesta postagem o que consideramos uma ordenança do Senhor Jesus para nós como igreja a Ceia do Senhor e o seu significado, e que deve ser observada repetidamente por toda vida de um cristão, como sinal de comunhão contínua com Cristo.

A ceia do Senhor: um rito contínuo da igreja Enquanto o batismo é o rito de iniciação, a ceia do Senhor é o rito continuo da igreja visível. ERICKSON. MILLARD.J.2008 PGS/467)

Ela pode ser definida, em caráter preliminar, como um rito que Cristo mesmo estabeleceu para que a igreja praticasse em comemoração a sua morte. (ERICKSON. MILLARD. J. 2008 PGS/467)



A posição católica romana oficial sobre a ceia do Senhor foi redigida no concilio de Trento (1545-63). Embora muitos católicos, especialmente nos países ocidentais, tenham hoje alguns aspectos dessa concepção, ela ainda fundamenta a fé de grande numero deles. Devemos examinar seus princípios principais.

A transubstanciação é a doutrina de que quando o sacerdote oficiante consagra os elementos, ocorre uma verdadeira mudança metafísica. As substâncias do pão e do vinho –o que de fato são- transformam-se respectivamente na carne e no sangue de Cristo. Note que o que muda é a substância ou a essência, não os acidentes. Assim, o pão se mantém a forma, a textura e o sabor do pão. Mas Cristo por inteiro está plenamente presente em cada uma das partículas da hóstia. Todos os que participam da ceia do Senhor, ou da santa eucaristia, como é denominada, ingerem literalmente o corpo de físico e o sangue de Cristo.

O segundo princípio importante da concepção católica é de que a ceia do Senhor abrange um ato sacrifical. Na missa, um sacrifício real é novamente oferecido por Cristo em favor dos adoradores. É um sacrifício no mesmo sentido em que foi a crucificação.

O terceiro princípio da concepção católica é o sacerdotalismo, a idéia de que um sacerdote devidamente ordenado deve estar presente para consagrar a hóstia. Sem tal sacerdote para oficiar a ceia, os elementos permanecem meros pão e vinho. Quando, porém, um clérigo qualificado segue a fórmula devida, os elementos são completa e permanentemente transformados no corpo e no sangue de Cristo. No ministrar tradicional do sacramento, o cálice foi afastado dos leigos, sendo tomado apenas pelo clero. A razão principal era o perigo de o sangue ser derramado. Pois caso o sangue de Jesus fosse pisado, isso seria um sacrilégio. Alem disso, havia dois argumentos para sustentar que os leigos não precisavam tomar o cálice. Primeiro, o clero atua de forma representativa em favor do leigo. Segundo, os leigos nada ganham por tomar o cálice. O sacramento é completo sem ele, pois cada partícula, tanto do pão como do vinho, contém, de modo completo, o corpo, a alma e a divindade de Cristo.


A concepção luterana difere da concepção católica romana em muitos pontos, mas não em todos. Lutero manteve a concepção católica de que o corpo e o sangue de Cristo estão fisicamente presentes nos elementos. O que Lutero negou foi a doutrina católica da substanciação. As moléculas não são transformadas em carne e sangue. Mas o corpo e o sangue de Cristo estão presentes “em, com e sob” o pão e o vinho. Não que o pão e o vinho tornem-se corpo e sangue de Cristo, mas que agora temos o corpo e o sangue, além do pão e do vinho. Embora alguns usem o termo consubstanciação para denotar o conceito luterano de que o corpo e o pão estão presentes simultaneamente, que o sangue e o vinho coexistem, esse termo não é de Lutero. Pensando em uma substância interpretando-se noutra, ele usou como analogia uma barra de ferro aquecida no fogo. A substância do ferro não deixa de existir quando a substância do fogo interpreta-se nele, aquecendo-o até alta temperatura.

Lutero rejeitou outras facetas da concepção católica de missa. Em particular, rejeitou a idéia de que a missa é um sacrifício. Uma vez que Cristo morreu e expirou o pecado de uma vez por todas, e uma vez que o crente é justificado pele fé tendo por base aquele sacrifício único, não há necessidade de repetir sacrifícios. Lutero também rejeitou o sacerdotalismo. A presença do corpo e do sangue de Cristo não é uma conseqüência do poder de Jesus Cristo.

Que dizer do benefício do sacramento? Aqui as posições de Lutero não são tão claras como desejaríamos. Ele insiste que pela participação no sacramento, a pessoa recebe benefício real, perdão dos pecados e confirmação da fé. Esse benefício deve-se, porém, não aos elementos do sacramento, um sermão. Porém, se o sacramento é apenas uma forma de proclamação, qual seria o significado da presença do corpo e do sangue de Cristo? Em outras ocasiões, parece que Lutero sustentava que o benefício vem realmente do ato de comer o corpo de Cristo. O que fica claro nas declarações de Lutero é que, pelo fato de tomar os elementos, os crentes recebem um benefício espiritual que, de outra forma, não poderiam experimentar.


A terceira concepção importante quanto a Ceia do Senhor é a concepção calvinista ou reformada. Embora o termo calvinismo em geral instale imagens de uma perspectiva especifica da salvação e da iniciativa de Deus nisso, o ato de Deus escolher certas pessoas, decretando que elas crerão e serão salvas, não é isso que temos em mente nesse momento. Antes, estamos nos referindo à concepção calvinista da ceia do Senhor.

A concepção reformada sustenta que Cristo está presente na ceia do Senhor, mas não em forma física ou corpórea. Antes, sua presença no sacramento é espiritual ou dinâmica. Usando o sol como ilustração, Calvino afirmou que Cristo está presente como influência. O sol permanece no céu, mas seu calor e luz estão presentes na terra. Assim o resplendor do Espírito nos transmite a comunhão da carne e do sangue de Cristo. De acordo com romanos 8.9-11, é pelo Espírito e apenas pelo Espírito que Cristo habita em nós. A noção de que realmente que comemos o corpo de Cristo e bebemos o sangue é absurda. Em vez disso, os verdadeiros comungantes são espiritualmente nutridos quando o Espírito Santo lhes da uma relação mais estreita com a pessoa de Cristo.

Além disso, embora os elementos dos sacramentos signifiquem ou representem o corpo e o sangue de Cristo, fazem mais que isso. Eles também selam. Louis Berkhof afirma que a ceia do Senhor sela o amor de Cristo para os crentes, dando-lhes a certeza de que todas as promessas da aliança e as riquezas do evangelho são deles por doação divina. Em troca de um direito pessoal e uma verdadeira posse de toda essa riqueza, os crentes expressam fé em Cristo como Salvador e prestam obediência a ele como Senhor e Rei.

Existe, portanto, um genuíno benefício objetivo de sacramento. Isso não é gerado pelo participante; antes, é trazido para o sacramento pessoalmente por Cristo. Ao tomar os elementos, o participante de fato recebe o novo, e de modo contínuo, a validade de Cristo. Esse benefício, porém não deve ser considerado automático. O efeito do sacramento depende em grande parte da fé e da receptividade do participante.


E a concepção zwingliana que vamos examinar é a de que a ceia do Senhor é apenas uma comemoração. Essa concepção costuma ser associada à Ulrich Zwinglio, que destacou a importância do sacramento para relembrar a morte de Cristo e sua eficácia em favor do crente. Assim, a ceia do Senhor é, em essência, uma comemoração da morte de Cristo.

O valor do sacramento está simplesmente em receber pela fé os benefícios da morte de Cristo. Assim, o efeito da ceia do Senhor não é diferente em natureza, digamos, do efeito de um sermão. Ambos são modalidades de proclamação. Em ambos os casos, como em todas as proclamações, existe a essencialidade absoluta da fé para que se possa obter algum benefício. Podemos dizer, portanto, que não se trata tanto de o sacramento trazer Cristo ao comungante, mas de a fé do crente trazer Cristo para o sacramento.



Precisamos questionar as concepções e tentar chegar a uma conclusão, quanto à questão se o corpo e o sangue de Cristo estão presentes nos elementos empregados e em que sentido isso acontece. Vejamos algumas respostas apresentadas:

1 - O pão e o vinho são o corpo e o sangue físico de cristo (concepção católica romana).

2 - O pão e o vinho contêm o corpo e o sangue físico (concepção luterana).

3 - O pão e o vinho contêm espiritualmente o corpo e o sangue (concepção reformada).

4 - Eles representam o corpo e o sangue (concepção zwingliana).

O modo mais simples de entender as palavras de Jesus, “Isto é o meu corpo“ e “Isto é o meu sangue,” é no sentido literal. Neste caso, ocorrem certas considerações que se levantam contra a interpretação literal.

Em primeiro lugar, se tomarmos, “Isto é o meu corpo“ e “Isto é o meu sangue,” literalmente, temos um problema. Se Jesus queria dizer que o pão e o vinho naquele momento, no cenáculo, era sua carne e seu sangue ele estava afirmando, que a sua carne e o seu sangue estavam em dois lugares ao mesmo tempo, uma vez que sua forma corpórea estava logo ali, junto aos elementos. Isso seria uma negação de sua encarnação, que limitava sua natureza física humana a um lugar.

 Em segundo lugar, há dificuldades para os que declaram que Cristo está presente corporalmente nas ocorrências subseqüentes da ceia do Senhor. Aqui enfrentamos o problema de como duas substâncias (o pão e a carne) podem estar simultaneamente no mesmo lugar (concepção luterana) ou como determinada substância (sangue) pode existir sem nenhuma de suas características habituais (concepção católica).

Se as palavras de Jesus não devem ser tomadas literalmente, o que ele queria dizer com “Isto é o meu corpo” e “Isto é o meu sangue”? Quando Jesus falou essas palavras, ele estava chamando a atenção para seu relacionamento individual com cada crente. Para que viessem a entender o verdadeiro significado o pão representa a carne, ou seja, o corpo de Cristo e o vinho o sangue dEle.

Portanto devemos entender a ceia do Senhor como um momento de comunhão e relacionamento com Cristo.

A ceia do senhor é um lembrete da morte de Cristo e de seu caráter sacrifical em nosso favor, um símbolo de nossa ligação vital com o Senhor e um testemunho de sua segunda vinda. (Erickson.Millard. j.)

É apropriado explicar o significado da ceia do Senhor, que todo aquele que participa deve examinar com cuidado seu entendimento e sua condição espiritual (1ºco 11.27,28).


A Bíblia não nos fornece o tipo de pessoa que deve ministrar a ceia do Senhor. O que aparece nos relatos dos evangelhos e que a ceia do Senhor foi confiada à igreja, e o que se presume deve ser ministrada por ela, nada mais justo quem deve ministrar a ceia do Senhor são as pessoas empossadas pela igreja para supervisionar e dirigir seus cultos ex: pastores, evangelistas, presbíteros ou cooperadores.


Em parte alguma da Bíblia se encontra os pré-requisitos para que receba ou participa da ceia do Senhor, podemos dizer se a ceia do Senhor é um relacionamento espiritual entre a pessoa e Deus, a pessoa que participa da Ceia do Senhor deve crer genuinamente em Jesus Cristo, e ser maduro o suficiente para discernir o corpo (1Co11.29).


Depende de quem está ministrando a ceia do Senhor, basta pão sem fermento ou levedado e o suco de uva para trazer à memória a morte de Cristo no âmbito mais original possível.


Quanto à freqüência não encontramos na Bíblia, nem temos uma indicação prática e precisa adotada pela igreja primitiva, apesar de que é provável que tenha sido semanal, ou seja, todas as vezes que a igreja se reunia, mas também não deve ter um intervalo muito longo para se ministra a ceia do Senhor.


A ceia do Senhor foi instituída pelo Senhor Jesus, na noite de 15 de nisã, na quinta para a sexta-feira da semana da Páscoa.

Os nomes dados a Ceia do Senhor:

Santa Ceia, Sacramento, comunhão, e talvez outros.

1.5.1 O significado da ceia

Temos pelo menos quatro escolas de interpretação da Ceia:

1 – Transubstanciação - Da igreja Romana. O pão, nas mãos do sacerdote, se transforma em corpo e sangue do Senhor Jesus. Quando o católico engole a hóstia, ele devora o Filho de Deus, uma espécie de teofagia.

2 - Consubstanciação – É de Lutero. O pão é mesmo pão, e o vinho é vinho mesmo, mas uma vez consagrados, e o fiel os tomando, de alguma maneira eles se transformam em Jesus, o Filho de Deus.

3 - Graça inerente – de Calvino: pão é pão mesmo, vinho é vinho mesmo, mas ao comermos recebemos uma certa “graça”.

4 - Memorial – Em Lucas 22 e 1Coríntios 11, a ordem do Senhor Jesus é “Fazei isto em memória de Mim”. No pão recordamos o corpo do Senhor. Partido no madeiro e no vinho, o sangue de Jesus vertido na cruz em nosso lugar.

Fica aqui o meu particular significado da Ceia do Senhor: A Ceia do Senhor é um memorial da morte e ressurreição de Jesus Cristo meu Senhor e salvador como está escrito em Mateus (26.26-30), e em (1Cor11.23).


 Foram apresentados neste trabalho os tipos de Ceia e o real significado de cada uma delas, porém, os evangelistas não se preocupam em descrever seus rituais ao ministrar a Ceia do Senhor, Mateus porque já o considerava conhecido pelos judeu-cristãos: Marcos, Lucas e João, porque os julgavam inúteis para os romanos, gregos e asiáticos, para quem escreveram principalmente.

Portanto damos a esta postagem sua importância de seu real significado sobre a Ceia do Senhor.


1 - BÍBLIA, Sagrada. King James edição de estudo. Novo Testamento 1º edição 2007

2 - ERICKSON. MILLARD. J. Introdução á teologia Sistemática. Editora Vida Nova2008.

3 - GRUDEM. Wayne. Teologia Sistemática Atual e Exaustiva. Editora vida nova. São Paulo, 2009

4 - FILLION, Louis-Claude. Enciclopédia da vida de Jesus. Editora Central Gospel, 2º edição2008

5 - TOGNINI, Enéas. Eclesiologia A doutrina da Igreja. Arte Editorial, 2010.

Por: Jackson Guedes Rodrigues

terça-feira, 26 de junho de 2012

Missões

Missões
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Por: Eduardo

TIPOS DE BATISMOS E SEUS ARGUMENTOS:

1. INTRODUÇÃO: Batismo vem dos substantivos gregos baptismos e baptisma; verbos gregos baptizo e bapto. Três são as opiniões sustentadas em relação ao significado do vocábulo batismo: Os batistas e outros batizam por imersão, para eles significa a identificação do crente com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Há Aqueles que sustentam o derramamento de água, ou seja o derramamento do Espírito Santo sobre o crente, significa estar ser cheio do Espírito Santo. Os reformistas, metodistas e anglicanos, que aspergem, sustentam que o batismo significa a purificação dos pecados do crente através do sangue de Cristo. Estes e aqueles que derramam águas, batizam também crianças enquanto que os imersionistas batizam somente aqueles que alcançaram uma maturidade suficiente para crerem pessoalmente em Cristo. Os motivos paras as largas divergências originam-se primeiro, do uso do termo bapto e baptizo no grego clássico. Por exemplo Charles Hodge, o grande Teólogo presbiteriano, diz o seguinte: “Bapto significa, mergulhar, tingir mergulhando, molhar, umedecer ou lavar, temperar, embeber. No uso clássico, o termo baptizo, significa imergir ou submergir, inundar ou cobrir com água, molhar completamente ou umedecer, derramar sobre ou encharcar, qualquer que seja o modo, ser dominado ou apoderado. No entanto isto apenas apresenta os argumentos que resultam o que são resumidos abaixo. (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 267) A verdadeira questão é: Em primeiro lugar, como estas palavras são usadas no A.T., e no N.T. particularmente? E em segundo lugar é necessário entender melhor o fato de várias coisas diferentes serem chamadas “batismo”, tal como o derramamento do E.S., (Mateus 3.11; Atos 1.5) a identificação com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo (Romanos 6.3-5; Marcos 10.38) e as purificações do A.T., por aspersão (Hebreus 9.10,13, 19,21). (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 268)
2. OBJETIVOS: O objetivo central desta pesquisa foi trazer as variedades de argumento defendidos pelos imersionistas e também por aqueles que realizam o método de aspersão, bem como aqueles que defendiam e defendem o derramamento de água. Outro objetivo classificado como prioritário foi saber como esta palavra “batismo” era interpretada no A.T. e no N.T. Seguindo ainda,objetivei saber como as palavras sepultamento, ressurreição, batismo no E.S., se encaixam dentro dos argumentos defendidos pelos métodos dos tipos de Batismo, a saber, imersão, aspersão e derramamento de água (conhecido como efusão).

3. ARGUMENTOS A FAVOR DA IMERSÃO: Primeiro Argumento: O uso geral de bapto e baptizo no grego secular e clássico. Os que ensinam o método por imersão e os que apresentam a aspersão como modo de batismo, observam o termo baptizo e bapto em várias passagens de outras traduções e versões inglesas do N.T. Dá a impressão de que a imersão era o método usado em: (Mt 3.6; Mc 1.5-8; At 8.38). Segundo Argumento: Uma ênfase em certas passagens no A.T., na qual ambas as palavras gregas são usadas para imersão. Por exemplo foi dito para Naamã mergulhar (baptizo) sete vezes no Jordão (2 Rs 5.10-14); Nabucodonozor foi molhado (bapto) com o orvalho do céu (Dn 4.33); fora dito para o sacerdote mergulhar (baptizo) a ponta de seu dedo no sangue (Lv 4.17). Terceiro Argumento: Os rolos do mar morto lançam alguma luz e acabam servindo de meio esclarecedor deste costume, embora seja discutível se eles podem ser considerados como provas conclusivas. Primeiro eles refletem os costumes de um grupo extremamente ascético como os essênios, este grupo não tem os mesmos costumes dos judeus ortodoxos; e, segundo, o métodos que eles exigiam para purificação dos prosélitos não era muito claro e preciso do ponto de vista interpretativo. Quarto Argumento: A exortação feita para o batismo de João Batista era feita para adultos que se arrependiam de seus pecados, que acreditavam que Cristo é o enviado de Deus, logo, espera-se que tais candidatos ao batismo sejam maduros para crer nisto, pois o batismo é um sacramento ou uma ordenança. Certos argumentos racionais pertinentes são acrescentados para apoiar a opinião, tal como a futilidade de batizar um bebê que não pode saber o que está sendo feito por ele, em contrate com o significado do batismo quando é concedido àqueles que já creem em Cristo. Quinto Argumento:  A diferença entre o A.T., e o N.T., e ainda entre a lei e a graça. No A.T., a ênfase é sobre “isto fareis e vivereis”, já no N.T., sobre a graça de Deus e a fé do homem. A ênfase sobre a obediência na antiga dispensação fica em contraste com o crer na nova aliança. A circuncisão e a aliança foram interrompidas, e a confissão pessoal de fé e o batismo foram indroduzidos. Sexto Argumento: o ensino no N.T., indica que os crentes são batizados na morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Isto é tomado para expressar o verdadeiro significado do batismo. Somente a imersão pode expressar corretamente e totalmente o significado do sepultamento com Cristo em sua morte. (Romanos 6.3-5) (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 268). Sétimo Argumento: O ensino particular de Cristo mostra Ele dizendo que: “ Importa, porém, que eu seja batizado, e como me angustio até que venha a cumprir-se!” (Lc 12.50). E perguntou aos seus discípulos: “Podeis vós beber o cálice que eu bebo, e ser batizado? (Mc 10.38).
3.1  PONTOS IMPORTANTES DA VISÃO IMERSIONISTA: Um ponto importante desta visão é a morte expiatória de Cristo, outro é sua ressurreição corpórea. Estes pontos são testemunhados e assim, o Evangelho é transmitido. A fé salvadora é mais um outro ponto enfatizado. O método de imergir, permite aos participantes confessarem sua fé publicamente e até acrescentar um testemunho pessoal, que realça o aspecto do compromisso no batismo como o sinal ou prova da nova aliança por um lado, e, por outro, testemunha a salvação em Jesus Cristo. (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 269)

4. Os Argumentos a Favor do Derramamento de Água: Este se baseia no ensino do N.T., com respeito ao batismo e ao Espírito Santo. Quando a água limpa é derramada sobre o participante, isto significa o derramamento do Espírito Santo sobre o crente. Certos argumentos são apresentados para apoiar este método tais como: O ensino de João Batista. João, quando batizava aqueles que se arrependia de seus pecados, dizia que ele batizava somente com água, mas Cristo batizaria com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3.11). No ensino de Jesus Cristo sobre esperança e batismo, embora que, tenha deixado todos os batismos para os seus discípulos (Jo 4.2), depois de sua ressurreição e pouco antes de sua ascensão, Cristo disse  aos seus discípulos para aguardarem a promessa do Pai,  e relembrando o ensino de João, disse: “Porque na verdade João batizou com água, mas vós sereis batizados com Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5). Alguns escritores reformistas dão muita ênfase a esta passagem. Naturalmente, Pedro explicou o derramamento do Espírito no Pentecostes como um cumprimento da profecia de Joel (At 2.16-21; Jl 2.28-32) e pregou que aqueles que se arrependessem e fossem batizados deveriam receber o Espírito Santo (At 2.38,38). (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 269)

4.1 Pontos Importantes da Visão que Apóia o Derramamento de Água: Este ponto enfatiza a pessoa e a obra do Espírito Santo e a impotância de uma vida cheia do Santo Espírito de Deus. Enfatiza uma verdade em particular no batismo que foi destacada tanto por João quanto por Paulo. Tem o apoio das próprias palavras de Cristo e sua interpretação em Atos 1.5 (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 269)
5. OS ARGUMENTOS A FAVOR DA ASPERSÃO: Primeiro argumento: Este tipo de batismo baseia-se nas seguintes considerações: Certas ordenanças do A.T., para aspergir, são vistas no processo de purificação. (Ex 24.6-8; Lv 14.7; Nm 19.9,17), e sua classificação em Hebreus 9.10 como diversas abluções. Na passagem em Hebreus, a aspersão das cinzas da bezerra sobre o imundo é comparada em (Nm 19,9,17), há ainda a aspersão sobre o livro da aliança da lei e sobre o povo por Moisés (Ex 24.6-8) após a entrega da lei, e a purificação de outros pecados são todos dados como exemplos de batismo. Segundo Argumento: A conexão entre a circuncisão e o batismo é ensinado em Cl 2.11,12 quando ambas, em Cristo, são usadas, seja de forma intercambiável ou como duas partes da mesma coisa. Pedro conclui  esta alegação no final de seu sermão no Pentecoste, quando convocou os presentes ao arrependimento e serem batizados para que pudessem receber o Espírito Santo, com a seguinte declaração: “A promessa diz respeito a vós, a vossos filhos [teknois]” (At 2.38,39), deixando claro que as bênçãos do batismo se estendem a toda família e aos seus descendentes. Se ele não tivesse incluído seus filhos, os judeus que ouviam Pedro teriam alegados que o Evangelho no N.T., lhes oferecia menos do que a lei no A.T. Terceiro argumento: A continuação da aliança. Na circuncisão os filhos dos crentes no A.T., estavam sujeitos a aliança com Deus, eles tornaram-se filhos da aliança. A menos que o batismo estenda-se aos filhos, este aspecto do relacionamento de aliança, para os filhos, parou com a vinda de Cristo. Uma vez que esta era uma doutrina muito preciosa para os crentes do A.T., e lhes traziam bênçãos especiais de Deus,  seria surpreendente que isto pudesse ter desaparecido sem uma menção ou controvérsia no N.T., e que o batismo adulto tomasse seu lugar para a exclusão dos filhos dos crentes, particularmente tendo em vista que o abandono da circuncisão trouxe uma reação tão forte (At 15.1ss., Gl 2.1ss.), a convicção de que o relacionamento da aliança para as crianças continuou, com o batismo das crianças substituindo a circuncisão, é fortalecida pelo fato de que não há nem sequer uma sugestão de qualquer objeção sendo levantada, pela qual, com a introdução do batismo, uma relação de aliança tivesse sido removida. Quarto argumento: A unidade do plano de Deus da salvação. Se Deus ordenou aos crentes do A.T., que circuncidassem seus filhos e entrassem em uma aliança com Ele, para criá-lo no temor e na admoestação do Senhor, prometendo ser seu Deus e o Deus de seus filhos, e se Ele é imutável, porque mudaria sua maneira de lidar com as crianças na era do N.T? Uma aliança selada pela circuncisão era a maneira de Deus trazer a salvação para a família no A.T., e a menos que de outra forma fosse revelada, uma aliança selada pelo batismo deveria ser a sua maneira nesta era presente. A imutabilidade de Deus e a unidade do plano da salvação, pela fé e através da graça soberana, requerem uma continuação do seu mesmo plano para a salvação das crianças (dos filhos) na era do N.T. (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 269). Quinto Argumento: O ofício e o treinamento de João Batista. João era um levita no A.T., e um sacerdote em seu próprio direto. Seu pai foi um sacerdote que serviu no turno de Abias (Lc 1.5). João como um precursor de Cristo, tinha que seguir exatamente as instruções dadas por Moisés no Pentateuco para os sacrifícios e purificações. No entanto, as purificações do A.T., eram pelo modo aspersão, exceto nos casos em que o corpo de um indivíduo tivesse sido infectado com chagas ou contaminado por alguma doença, e em certos casos onde houvesse uma saída de líquidos do corpo (Lv 15.1ss., 22.1-9; Nm 5.2; Lv 14.2s.). Também fica claro que o método de batismo de João era um sinal de purificação a partir do fato de que ele o ligou ao arrependimento do pecado por parte do participante e à limpeza por parte de Deus. “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo... e limpará a sua eira” (Mt 3.11,12), que a única disputa sobre o seu batismo estava relacionada à purificação (Jo 3.25) ou limpeza. Contudo, se João Batista poderia ter praticado o método de batismo administrado aos prosélitos, ou seja, imersão, é admitidamente uma questão impossível de se responder dogmaticamente. Em primeiro lugar, as evidências judaicas do Mishnah e do Talmude vêm muito tarde para serem completamente conclusivas (de 200 a 400 d.C.). Então a evidência mais antiga para o uso da imersão vem por volta de 100 d.C. Mesmo que as evidências provem que a imersão era praticada para os prosélitos entrando para o judaísmo na época de João. Isto não significa necessariamente que João tenha adotado esta prática. Deve ser lembrado que nenhum judeu submeter-se-ia prontamente, sem objeções reais, ao que estava reservado como um batismo de prosélitos. Será que João teria usado um método que certamente levantaria protestos? Ou ele simplesmente seguiu o método do A.T., de purificação cerimonial sacerdotal? A última conclusão pareceu correta para o povo da Reforma, tendo particularmente em vista que nenhuma controvérsia surgiu a respeito de seu método. A única questão discutida a respeito do batismo de João, de acordo com o registro do N.T., era a ampla doutrina da purificação e limpeza em si (Jo 3.25). Se por revelação João introduziu um novo tipo de purificação, ou seja, por imersão ao invés de  aspersão, então naturalmente este deveria ser adotado. No entanto, em nenhum ponto ele sugeriu que estava introduzindo um novo método de purificação. Nem tampouco teve que explicar ou defender o método que usava. Sexto argumento: a falta de qualquer passagem do N.T., que prove conclusivamente a imersão. O grupo reformista sustenta que não há nenhuma passagem sobre o batismo do N.T., que não possa ser explicada mais naturalmente pela aspersão do que pela imersão, seja o batismo de João, o dos 3000 no Pentecostes, o do carcereiro filipense à meia-noite, ou do eunuco etíope no deserto. Além disso, em nenhuma passagem o texto grego requer a tradução  de um caso específico de batismo como por imersão. Por exemplo, como certos escritores destacam, para expressar “de” o termo grego é meramente ek ou apo, e para expressar para o termo utilizado é eis; mas para expressar “fora de” é inquestionavelmente ek, uma vez com o verbo e uma vez com o substantivo (Mc 5.8; 7.31; Lc 4.22), e para expressar “para dentroeis é inquestionavelmente usado, uma vez com o verbo e uma vez com o substantivo (Jo 20.3-6). Em seu batismo, o Senhor Jesus foi batizado por João eis o Jordão (Mc 1.10) e saiu apo da água (Mt 3.16), mas em nenhum dos casos a preposição é repetida de forma a provar absolutamente que Cristo tenha ficado completamente debaixo da água ou saído da imersão na água. Ao mesmo tempo o grupo reformista vê casos específicos no N.T., nos quais sentem que a imersão parecia ser impossível. Como os judeus poderiam se imergir antes de tomarem suas refeições, e como poderiam os fariseus ter acusado a Cristo de não ter tomado um banho de imersão antes de comer, em uma época em que a água era muito escassa  e mantida em cisternas domésticas (Mc 7.3,4)? Como 3000 pessoas poderiam ser batizadas por imersão bem no meio da cidade de Jerusalém, ou um carcereiro ser batizado por imersão à meia-noite (At 16.30-34)? Sétimo argumento: A ênfase do Evangelho sobre a aspersão. Na aspersão, os reformistas querem dizer que somente o sangue de Jesus Cristo pode purificar uma pessoa do pecado. Eles sustentam que desse modo expressam o evangelho de sua forma mais fundamental. Alguém pode nunca compreender a doutrina da identificação com Cristo em sua morte, sepultamento e ressurreição, mesmo esta verdade sendo tão bíblica e maravilhosa como é, e, contudo, pode ir para o céu. Mas ninguém pode ir para o céu a não ser que aceite e creia que o sangue de Jesus Cristo purifica do pecado. Oitavo argumento: A salvação da família é resguardada. No A.T., Deus ordenou que os pais fizessem uma aliança para criarem seus filhos em seu temor e admoestação, e exigiu a prática da circuncisão como uma marca da sua fé. Deus está intensamente interessado na salvação das crianças e não as confia a crentes de nenhum dos Testamentos sem requerer um penhor ou aliança, impondo aos pais a obrigação de ensinar e instruir os filhos a criá-los no caminho dele. Os reformistas sentem que poucos entendem o que um batismo de uma criança realmente significa. É, antes de tudo, uma confissão de fé dos pais de que somente o sangue de Cristo pode remover seus próprios pecados, e que somente este mesmo sangue precioso pode retirar o pecado de seus filhos. Em segundo lugar, é uma aliança e um testemunho de que os pais cuidarão da criança que Deus lhes deu, para o próprio Deus; serão ensinadas nas Escrituras e como orar, e a conduzirão a uma fé salvadora em Jesus Cristo. Quando os pais fazem isto, Deus promete ser o Deus de seus filhos. Assim, isto se torna uma aliança entre os pais e Deus, e o filho é o filho da aliança. Mas a aliança não salva. A salvação só é possível pela graça soberana de Deus; desse modo, a salvação da criança vem, na verdade, da graça. Quando ela chega à idade em que já pode ser responsável, ela mesma deve aceitar e confessar a Cristo como seu próprio Salvador pessoal. (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 270)

5. PONTOS IMPORTANTES DA VISÃO QUE APÓIAM À ASPERSÃO: Este método enfatiza que somente pelo derramamento do sangue de Cristo alguém pode ter seus pecados perdoados. Portanto, como no caso do batismo por imersão, este tipo de batismo sustenta a necessidade do batismo para aqueles que são participantes do evangelho, embora de uma forma ainda mais simples e fundamental. Mantém o que é chamado de unidade da aliança da graça, ou a continuidade do plano de salvação no A.T., e no N.T. Apóia a doutrina da imutabilidade de Deus. A salvação da família torna-se uma realidade para pais crentes de ambos os Testamentos. A importância dos filhos, e de sua educação na fé, ganhos para Cristo, é enfatizada. Explica como os judeus aceitavam a forma como João Batista batizava. (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 270)

6. POR QUE EXISTEM TRÊS MÉTODOS DE BATISMO? Deve um método em particular, e seu significado peculiar, ser mantido de um modo tão estrito sobre os outros, de forma a negar que a bênção também possa ser encontrada nos outros modelos citados? Isto seria difícil de sustentar. A resposta deve ser encontrada nos seguintes fatos: (1) cada método de batismo ensina uma verdade bíblica separada e vital. A imersão ensina a identificação com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo; o derramamento de água ensina o batismo ou o enchimento do crente com o Espírito Santo; e a aspersão ensina a purificação dos pecados pelo sangue de Cristo. Portanto, cada um deles, quando entendido e ensinado corretamente, traz grandes bênçãos. (2) todos eles são apenas fases ou partes do que o batismo em sua inteireza abrange. Cada método é baseado naquilo que, no A.T., é chamado de batismo, e mesmo assim as Escrituras declaram categoricamente que há um só batismo. Paulo escreve em (Efésios 4.4-6) que há um só Espírito, um só Deus e Pai de todos nós, um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Isto leva a percepção de que todos os três métodos ou “batismos” são apenas partes de um todo maior. Mas o que é este todo? Este todo está baseado na ceia do Senhor. Nela, a morte substitutiva de Cristo é celebrada até que Ele venha novamente. Seria estranho se o batismo apenas repetisse a mesma verdade. O problema dos dois sacramentos ou ordenanças significando a mesma coisa é resolvido quando vemos que, enquanto a Ceia do Senhor tem como significado fundamental a morte de Cristo, o batismo abrange a aplicação dos benefícios da morte de Cristo ao crente pelo Espírito Santo. A primeira coisa que o E.S., faz, é aplicar o sangue de Cristo para purificar o pecado, e isto é representado pela aspersão; a próxima é identificar o crente com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, representando pela imersão; e por fim, é vir e habitar nos vasos que foram comprados por Deus, e que é representado pelo derramamento de água. Desta forma, somos levados a ver que o batismo significa muito mais do que muitos estudiosos a princípio pensavam; que cada uma das três opiniões é verdadeira, uma vez que cada uma enfatiza uma fase do significado total do sacramento ou ordenança e, portanto, é acompanhada das bênçãos quanto corretamente compreendidas, ensinadas e usadas; que a imersão trouxe bênção para milhões, para incontáveis multidões; e, mesmo assim, a aspersão é abençoada, pois enfatiza uma verdade do Evangelho que é igualmente fundamental. Toda tendência de ridicularizar e fazer pouco do ponto de vista uns dos outros desaparece, quando a verdade bíblica é compreendida. Os batistas aprendem a ter um novo respeito pelos presbiterianos e os presbiterianos pelos batistas, e aqueles que omitem as ordenanças tanto do batista como da Ceia do Senhor (o Exército da salvação e outros) recebem um novo entendimento das diferentes visões e métodos praticados pelos outros. (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 271)

5. CONCLUSÃO: Não busquei defender nenhum dos casos, entretanto, trouxe apenas os pensamentos dos defensores de cada um dos métodos de batismo, para podermos ampliar nosso conhecimento. Até mesmo, antes de tecermos comentários, é importante nos prepararmos com argumentos bíblicos, estudos renomados etc. Os próprios defensores dos métodos apresentam as defesas que julgam ser as melhores. Este trabalho carece de aprofundamento e pesquisa. Jamais quis esgotar o assunto. Esse blog se presta para isto. Despertar o interesse e o aprofundamento do aluno em Teologia.

1 - A BÍBLIA ANOTADA. Versão Almeida, Revista e Atualizada, com introdução, esboço, referências laterais e notas por Russel Shedd. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007

2 – FLEIFFER, C. F. Dicionário Bíblico Wycliffe.  Editora Casa Publicadora das Assembléia de Deus – Rio de Janeiro – 2009. 2050 pgs

Por: Marcelo Macedo Feitosa