terça-feira, 26 de junho de 2012

TIPOS DE BATISMOS E SEUS ARGUMENTOS:

1. INTRODUÇÃO: Batismo vem dos substantivos gregos baptismos e baptisma; verbos gregos baptizo e bapto. Três são as opiniões sustentadas em relação ao significado do vocábulo batismo: Os batistas e outros batizam por imersão, para eles significa a identificação do crente com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Há Aqueles que sustentam o derramamento de água, ou seja o derramamento do Espírito Santo sobre o crente, significa estar ser cheio do Espírito Santo. Os reformistas, metodistas e anglicanos, que aspergem, sustentam que o batismo significa a purificação dos pecados do crente através do sangue de Cristo. Estes e aqueles que derramam águas, batizam também crianças enquanto que os imersionistas batizam somente aqueles que alcançaram uma maturidade suficiente para crerem pessoalmente em Cristo. Os motivos paras as largas divergências originam-se primeiro, do uso do termo bapto e baptizo no grego clássico. Por exemplo Charles Hodge, o grande Teólogo presbiteriano, diz o seguinte: “Bapto significa, mergulhar, tingir mergulhando, molhar, umedecer ou lavar, temperar, embeber. No uso clássico, o termo baptizo, significa imergir ou submergir, inundar ou cobrir com água, molhar completamente ou umedecer, derramar sobre ou encharcar, qualquer que seja o modo, ser dominado ou apoderado. No entanto isto apenas apresenta os argumentos que resultam o que são resumidos abaixo. (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 267) A verdadeira questão é: Em primeiro lugar, como estas palavras são usadas no A.T., e no N.T. particularmente? E em segundo lugar é necessário entender melhor o fato de várias coisas diferentes serem chamadas “batismo”, tal como o derramamento do E.S., (Mateus 3.11; Atos 1.5) a identificação com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo (Romanos 6.3-5; Marcos 10.38) e as purificações do A.T., por aspersão (Hebreus 9.10,13, 19,21). (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 268)
2. OBJETIVOS: O objetivo central desta pesquisa foi trazer as variedades de argumento defendidos pelos imersionistas e também por aqueles que realizam o método de aspersão, bem como aqueles que defendiam e defendem o derramamento de água. Outro objetivo classificado como prioritário foi saber como esta palavra “batismo” era interpretada no A.T. e no N.T. Seguindo ainda,objetivei saber como as palavras sepultamento, ressurreição, batismo no E.S., se encaixam dentro dos argumentos defendidos pelos métodos dos tipos de Batismo, a saber, imersão, aspersão e derramamento de água (conhecido como efusão).

3. ARGUMENTOS A FAVOR DA IMERSÃO: Primeiro Argumento: O uso geral de bapto e baptizo no grego secular e clássico. Os que ensinam o método por imersão e os que apresentam a aspersão como modo de batismo, observam o termo baptizo e bapto em várias passagens de outras traduções e versões inglesas do N.T. Dá a impressão de que a imersão era o método usado em: (Mt 3.6; Mc 1.5-8; At 8.38). Segundo Argumento: Uma ênfase em certas passagens no A.T., na qual ambas as palavras gregas são usadas para imersão. Por exemplo foi dito para Naamã mergulhar (baptizo) sete vezes no Jordão (2 Rs 5.10-14); Nabucodonozor foi molhado (bapto) com o orvalho do céu (Dn 4.33); fora dito para o sacerdote mergulhar (baptizo) a ponta de seu dedo no sangue (Lv 4.17). Terceiro Argumento: Os rolos do mar morto lançam alguma luz e acabam servindo de meio esclarecedor deste costume, embora seja discutível se eles podem ser considerados como provas conclusivas. Primeiro eles refletem os costumes de um grupo extremamente ascético como os essênios, este grupo não tem os mesmos costumes dos judeus ortodoxos; e, segundo, o métodos que eles exigiam para purificação dos prosélitos não era muito claro e preciso do ponto de vista interpretativo. Quarto Argumento: A exortação feita para o batismo de João Batista era feita para adultos que se arrependiam de seus pecados, que acreditavam que Cristo é o enviado de Deus, logo, espera-se que tais candidatos ao batismo sejam maduros para crer nisto, pois o batismo é um sacramento ou uma ordenança. Certos argumentos racionais pertinentes são acrescentados para apoiar a opinião, tal como a futilidade de batizar um bebê que não pode saber o que está sendo feito por ele, em contrate com o significado do batismo quando é concedido àqueles que já creem em Cristo. Quinto Argumento:  A diferença entre o A.T., e o N.T., e ainda entre a lei e a graça. No A.T., a ênfase é sobre “isto fareis e vivereis”, já no N.T., sobre a graça de Deus e a fé do homem. A ênfase sobre a obediência na antiga dispensação fica em contraste com o crer na nova aliança. A circuncisão e a aliança foram interrompidas, e a confissão pessoal de fé e o batismo foram indroduzidos. Sexto Argumento: o ensino no N.T., indica que os crentes são batizados na morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Isto é tomado para expressar o verdadeiro significado do batismo. Somente a imersão pode expressar corretamente e totalmente o significado do sepultamento com Cristo em sua morte. (Romanos 6.3-5) (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 268). Sétimo Argumento: O ensino particular de Cristo mostra Ele dizendo que: “ Importa, porém, que eu seja batizado, e como me angustio até que venha a cumprir-se!” (Lc 12.50). E perguntou aos seus discípulos: “Podeis vós beber o cálice que eu bebo, e ser batizado? (Mc 10.38).
3.1  PONTOS IMPORTANTES DA VISÃO IMERSIONISTA: Um ponto importante desta visão é a morte expiatória de Cristo, outro é sua ressurreição corpórea. Estes pontos são testemunhados e assim, o Evangelho é transmitido. A fé salvadora é mais um outro ponto enfatizado. O método de imergir, permite aos participantes confessarem sua fé publicamente e até acrescentar um testemunho pessoal, que realça o aspecto do compromisso no batismo como o sinal ou prova da nova aliança por um lado, e, por outro, testemunha a salvação em Jesus Cristo. (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 269)

4. Os Argumentos a Favor do Derramamento de Água: Este se baseia no ensino do N.T., com respeito ao batismo e ao Espírito Santo. Quando a água limpa é derramada sobre o participante, isto significa o derramamento do Espírito Santo sobre o crente. Certos argumentos são apresentados para apoiar este método tais como: O ensino de João Batista. João, quando batizava aqueles que se arrependia de seus pecados, dizia que ele batizava somente com água, mas Cristo batizaria com o Espírito Santo e com fogo (Mt 3.11). No ensino de Jesus Cristo sobre esperança e batismo, embora que, tenha deixado todos os batismos para os seus discípulos (Jo 4.2), depois de sua ressurreição e pouco antes de sua ascensão, Cristo disse  aos seus discípulos para aguardarem a promessa do Pai,  e relembrando o ensino de João, disse: “Porque na verdade João batizou com água, mas vós sereis batizados com Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5). Alguns escritores reformistas dão muita ênfase a esta passagem. Naturalmente, Pedro explicou o derramamento do Espírito no Pentecostes como um cumprimento da profecia de Joel (At 2.16-21; Jl 2.28-32) e pregou que aqueles que se arrependessem e fossem batizados deveriam receber o Espírito Santo (At 2.38,38). (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 269)

4.1 Pontos Importantes da Visão que Apóia o Derramamento de Água: Este ponto enfatiza a pessoa e a obra do Espírito Santo e a impotância de uma vida cheia do Santo Espírito de Deus. Enfatiza uma verdade em particular no batismo que foi destacada tanto por João quanto por Paulo. Tem o apoio das próprias palavras de Cristo e sua interpretação em Atos 1.5 (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 269)
5. OS ARGUMENTOS A FAVOR DA ASPERSÃO: Primeiro argumento: Este tipo de batismo baseia-se nas seguintes considerações: Certas ordenanças do A.T., para aspergir, são vistas no processo de purificação. (Ex 24.6-8; Lv 14.7; Nm 19.9,17), e sua classificação em Hebreus 9.10 como diversas abluções. Na passagem em Hebreus, a aspersão das cinzas da bezerra sobre o imundo é comparada em (Nm 19,9,17), há ainda a aspersão sobre o livro da aliança da lei e sobre o povo por Moisés (Ex 24.6-8) após a entrega da lei, e a purificação de outros pecados são todos dados como exemplos de batismo. Segundo Argumento: A conexão entre a circuncisão e o batismo é ensinado em Cl 2.11,12 quando ambas, em Cristo, são usadas, seja de forma intercambiável ou como duas partes da mesma coisa. Pedro conclui  esta alegação no final de seu sermão no Pentecoste, quando convocou os presentes ao arrependimento e serem batizados para que pudessem receber o Espírito Santo, com a seguinte declaração: “A promessa diz respeito a vós, a vossos filhos [teknois]” (At 2.38,39), deixando claro que as bênçãos do batismo se estendem a toda família e aos seus descendentes. Se ele não tivesse incluído seus filhos, os judeus que ouviam Pedro teriam alegados que o Evangelho no N.T., lhes oferecia menos do que a lei no A.T. Terceiro argumento: A continuação da aliança. Na circuncisão os filhos dos crentes no A.T., estavam sujeitos a aliança com Deus, eles tornaram-se filhos da aliança. A menos que o batismo estenda-se aos filhos, este aspecto do relacionamento de aliança, para os filhos, parou com a vinda de Cristo. Uma vez que esta era uma doutrina muito preciosa para os crentes do A.T., e lhes traziam bênçãos especiais de Deus,  seria surpreendente que isto pudesse ter desaparecido sem uma menção ou controvérsia no N.T., e que o batismo adulto tomasse seu lugar para a exclusão dos filhos dos crentes, particularmente tendo em vista que o abandono da circuncisão trouxe uma reação tão forte (At 15.1ss., Gl 2.1ss.), a convicção de que o relacionamento da aliança para as crianças continuou, com o batismo das crianças substituindo a circuncisão, é fortalecida pelo fato de que não há nem sequer uma sugestão de qualquer objeção sendo levantada, pela qual, com a introdução do batismo, uma relação de aliança tivesse sido removida. Quarto argumento: A unidade do plano de Deus da salvação. Se Deus ordenou aos crentes do A.T., que circuncidassem seus filhos e entrassem em uma aliança com Ele, para criá-lo no temor e na admoestação do Senhor, prometendo ser seu Deus e o Deus de seus filhos, e se Ele é imutável, porque mudaria sua maneira de lidar com as crianças na era do N.T? Uma aliança selada pela circuncisão era a maneira de Deus trazer a salvação para a família no A.T., e a menos que de outra forma fosse revelada, uma aliança selada pelo batismo deveria ser a sua maneira nesta era presente. A imutabilidade de Deus e a unidade do plano da salvação, pela fé e através da graça soberana, requerem uma continuação do seu mesmo plano para a salvação das crianças (dos filhos) na era do N.T. (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 269). Quinto Argumento: O ofício e o treinamento de João Batista. João era um levita no A.T., e um sacerdote em seu próprio direto. Seu pai foi um sacerdote que serviu no turno de Abias (Lc 1.5). João como um precursor de Cristo, tinha que seguir exatamente as instruções dadas por Moisés no Pentateuco para os sacrifícios e purificações. No entanto, as purificações do A.T., eram pelo modo aspersão, exceto nos casos em que o corpo de um indivíduo tivesse sido infectado com chagas ou contaminado por alguma doença, e em certos casos onde houvesse uma saída de líquidos do corpo (Lv 15.1ss., 22.1-9; Nm 5.2; Lv 14.2s.). Também fica claro que o método de batismo de João era um sinal de purificação a partir do fato de que ele o ligou ao arrependimento do pecado por parte do participante e à limpeza por parte de Deus. “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo... e limpará a sua eira” (Mt 3.11,12), que a única disputa sobre o seu batismo estava relacionada à purificação (Jo 3.25) ou limpeza. Contudo, se João Batista poderia ter praticado o método de batismo administrado aos prosélitos, ou seja, imersão, é admitidamente uma questão impossível de se responder dogmaticamente. Em primeiro lugar, as evidências judaicas do Mishnah e do Talmude vêm muito tarde para serem completamente conclusivas (de 200 a 400 d.C.). Então a evidência mais antiga para o uso da imersão vem por volta de 100 d.C. Mesmo que as evidências provem que a imersão era praticada para os prosélitos entrando para o judaísmo na época de João. Isto não significa necessariamente que João tenha adotado esta prática. Deve ser lembrado que nenhum judeu submeter-se-ia prontamente, sem objeções reais, ao que estava reservado como um batismo de prosélitos. Será que João teria usado um método que certamente levantaria protestos? Ou ele simplesmente seguiu o método do A.T., de purificação cerimonial sacerdotal? A última conclusão pareceu correta para o povo da Reforma, tendo particularmente em vista que nenhuma controvérsia surgiu a respeito de seu método. A única questão discutida a respeito do batismo de João, de acordo com o registro do N.T., era a ampla doutrina da purificação e limpeza em si (Jo 3.25). Se por revelação João introduziu um novo tipo de purificação, ou seja, por imersão ao invés de  aspersão, então naturalmente este deveria ser adotado. No entanto, em nenhum ponto ele sugeriu que estava introduzindo um novo método de purificação. Nem tampouco teve que explicar ou defender o método que usava. Sexto argumento: a falta de qualquer passagem do N.T., que prove conclusivamente a imersão. O grupo reformista sustenta que não há nenhuma passagem sobre o batismo do N.T., que não possa ser explicada mais naturalmente pela aspersão do que pela imersão, seja o batismo de João, o dos 3000 no Pentecostes, o do carcereiro filipense à meia-noite, ou do eunuco etíope no deserto. Além disso, em nenhuma passagem o texto grego requer a tradução  de um caso específico de batismo como por imersão. Por exemplo, como certos escritores destacam, para expressar “de” o termo grego é meramente ek ou apo, e para expressar para o termo utilizado é eis; mas para expressar “fora de” é inquestionavelmente ek, uma vez com o verbo e uma vez com o substantivo (Mc 5.8; 7.31; Lc 4.22), e para expressar “para dentroeis é inquestionavelmente usado, uma vez com o verbo e uma vez com o substantivo (Jo 20.3-6). Em seu batismo, o Senhor Jesus foi batizado por João eis o Jordão (Mc 1.10) e saiu apo da água (Mt 3.16), mas em nenhum dos casos a preposição é repetida de forma a provar absolutamente que Cristo tenha ficado completamente debaixo da água ou saído da imersão na água. Ao mesmo tempo o grupo reformista vê casos específicos no N.T., nos quais sentem que a imersão parecia ser impossível. Como os judeus poderiam se imergir antes de tomarem suas refeições, e como poderiam os fariseus ter acusado a Cristo de não ter tomado um banho de imersão antes de comer, em uma época em que a água era muito escassa  e mantida em cisternas domésticas (Mc 7.3,4)? Como 3000 pessoas poderiam ser batizadas por imersão bem no meio da cidade de Jerusalém, ou um carcereiro ser batizado por imersão à meia-noite (At 16.30-34)? Sétimo argumento: A ênfase do Evangelho sobre a aspersão. Na aspersão, os reformistas querem dizer que somente o sangue de Jesus Cristo pode purificar uma pessoa do pecado. Eles sustentam que desse modo expressam o evangelho de sua forma mais fundamental. Alguém pode nunca compreender a doutrina da identificação com Cristo em sua morte, sepultamento e ressurreição, mesmo esta verdade sendo tão bíblica e maravilhosa como é, e, contudo, pode ir para o céu. Mas ninguém pode ir para o céu a não ser que aceite e creia que o sangue de Jesus Cristo purifica do pecado. Oitavo argumento: A salvação da família é resguardada. No A.T., Deus ordenou que os pais fizessem uma aliança para criarem seus filhos em seu temor e admoestação, e exigiu a prática da circuncisão como uma marca da sua fé. Deus está intensamente interessado na salvação das crianças e não as confia a crentes de nenhum dos Testamentos sem requerer um penhor ou aliança, impondo aos pais a obrigação de ensinar e instruir os filhos a criá-los no caminho dele. Os reformistas sentem que poucos entendem o que um batismo de uma criança realmente significa. É, antes de tudo, uma confissão de fé dos pais de que somente o sangue de Cristo pode remover seus próprios pecados, e que somente este mesmo sangue precioso pode retirar o pecado de seus filhos. Em segundo lugar, é uma aliança e um testemunho de que os pais cuidarão da criança que Deus lhes deu, para o próprio Deus; serão ensinadas nas Escrituras e como orar, e a conduzirão a uma fé salvadora em Jesus Cristo. Quando os pais fazem isto, Deus promete ser o Deus de seus filhos. Assim, isto se torna uma aliança entre os pais e Deus, e o filho é o filho da aliança. Mas a aliança não salva. A salvação só é possível pela graça soberana de Deus; desse modo, a salvação da criança vem, na verdade, da graça. Quando ela chega à idade em que já pode ser responsável, ela mesma deve aceitar e confessar a Cristo como seu próprio Salvador pessoal. (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 270)

5. PONTOS IMPORTANTES DA VISÃO QUE APÓIAM À ASPERSÃO: Este método enfatiza que somente pelo derramamento do sangue de Cristo alguém pode ter seus pecados perdoados. Portanto, como no caso do batismo por imersão, este tipo de batismo sustenta a necessidade do batismo para aqueles que são participantes do evangelho, embora de uma forma ainda mais simples e fundamental. Mantém o que é chamado de unidade da aliança da graça, ou a continuidade do plano de salvação no A.T., e no N.T. Apóia a doutrina da imutabilidade de Deus. A salvação da família torna-se uma realidade para pais crentes de ambos os Testamentos. A importância dos filhos, e de sua educação na fé, ganhos para Cristo, é enfatizada. Explica como os judeus aceitavam a forma como João Batista batizava. (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 270)

6. POR QUE EXISTEM TRÊS MÉTODOS DE BATISMO? Deve um método em particular, e seu significado peculiar, ser mantido de um modo tão estrito sobre os outros, de forma a negar que a bênção também possa ser encontrada nos outros modelos citados? Isto seria difícil de sustentar. A resposta deve ser encontrada nos seguintes fatos: (1) cada método de batismo ensina uma verdade bíblica separada e vital. A imersão ensina a identificação com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo; o derramamento de água ensina o batismo ou o enchimento do crente com o Espírito Santo; e a aspersão ensina a purificação dos pecados pelo sangue de Cristo. Portanto, cada um deles, quando entendido e ensinado corretamente, traz grandes bênçãos. (2) todos eles são apenas fases ou partes do que o batismo em sua inteireza abrange. Cada método é baseado naquilo que, no A.T., é chamado de batismo, e mesmo assim as Escrituras declaram categoricamente que há um só batismo. Paulo escreve em (Efésios 4.4-6) que há um só Espírito, um só Deus e Pai de todos nós, um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Isto leva a percepção de que todos os três métodos ou “batismos” são apenas partes de um todo maior. Mas o que é este todo? Este todo está baseado na ceia do Senhor. Nela, a morte substitutiva de Cristo é celebrada até que Ele venha novamente. Seria estranho se o batismo apenas repetisse a mesma verdade. O problema dos dois sacramentos ou ordenanças significando a mesma coisa é resolvido quando vemos que, enquanto a Ceia do Senhor tem como significado fundamental a morte de Cristo, o batismo abrange a aplicação dos benefícios da morte de Cristo ao crente pelo Espírito Santo. A primeira coisa que o E.S., faz, é aplicar o sangue de Cristo para purificar o pecado, e isto é representado pela aspersão; a próxima é identificar o crente com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, representando pela imersão; e por fim, é vir e habitar nos vasos que foram comprados por Deus, e que é representado pelo derramamento de água. Desta forma, somos levados a ver que o batismo significa muito mais do que muitos estudiosos a princípio pensavam; que cada uma das três opiniões é verdadeira, uma vez que cada uma enfatiza uma fase do significado total do sacramento ou ordenança e, portanto, é acompanhada das bênçãos quanto corretamente compreendidas, ensinadas e usadas; que a imersão trouxe bênção para milhões, para incontáveis multidões; e, mesmo assim, a aspersão é abençoada, pois enfatiza uma verdade do Evangelho que é igualmente fundamental. Toda tendência de ridicularizar e fazer pouco do ponto de vista uns dos outros desaparece, quando a verdade bíblica é compreendida. Os batistas aprendem a ter um novo respeito pelos presbiterianos e os presbiterianos pelos batistas, e aqueles que omitem as ordenanças tanto do batista como da Ceia do Senhor (o Exército da salvação e outros) recebem um novo entendimento das diferentes visões e métodos praticados pelos outros. (P.F. CHARLES; V.F. HOUVARD; R. JOHM-Dicionário Wycliffe pg 271)

5. CONCLUSÃO: Não busquei defender nenhum dos casos, entretanto, trouxe apenas os pensamentos dos defensores de cada um dos métodos de batismo, para podermos ampliar nosso conhecimento. Até mesmo, antes de tecermos comentários, é importante nos prepararmos com argumentos bíblicos, estudos renomados etc. Os próprios defensores dos métodos apresentam as defesas que julgam ser as melhores. Este trabalho carece de aprofundamento e pesquisa. Jamais quis esgotar o assunto. Esse blog se presta para isto. Despertar o interesse e o aprofundamento do aluno em Teologia.

1 - A BÍBLIA ANOTADA. Versão Almeida, Revista e Atualizada, com introdução, esboço, referências laterais e notas por Russel Shedd. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007

2 – FLEIFFER, C. F. Dicionário Bíblico Wycliffe.  Editora Casa Publicadora das Assembléia de Deus – Rio de Janeiro – 2009. 2050 pgs

Por: Marcelo Macedo Feitosa

8 comentários:

  1. Ótimo texto! Muito bom!

    1. Texto longo para um blog.
    2. Parágrafos muito longos cansam a leitura.
    3. Formatação ficou um pouco estranha.

    Nota: 7,0

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  2. Parabéns, Marcelo!
    É difícel encontrar textos esclarecedores e não preconceituosos. Vc conseguiu!
    Carlos J. Klein

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  3. Bom eu já fiz a minha opção. Fui batizado na Igreja Metodista, lá ordenado pastor. Hoje pertencente a Ordem dos Pastores Batistas e ingressando no Ministério Pastoral Batista, e seguindo o batismo que João batizou Jesus. Creio, e estarei seguindo o que para mim é o verdadeiro batismo "Imersão", por entender que esse é o verdadeiro batismo. Embora conheça os três tipos de batismos. Pesquisei sobre o assunto, e tenho pena convicção do ato batismal que optei.

    Ivan Carlos, pr

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  4. Bom eu já fiz a minha opção. Fui batizado na Igreja Metodista, lá ordenado pastor. Hoje pertencente a Ordem dos Pastores Batistas e ingressando no Ministério Pastoral Batista, e seguindo o batismo que João batizou Jesus. Creio, e estarei seguindo o que para mim é o verdadeiro batismo "Imersão", por entender que esse é o verdadeiro batismo. Embora conheça os três tipos de batismos. Pesquisei sobre o assunto, e tenho pena convicção do ato batismal que optei.

    Ivan Carlos, pr

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  5. Pb. Heráclito
    Marcelo, vc pode acrescer que há outros teólogos que defendem as três formas de se efetuar o batismo. Devendo-se assim levar em conta a condição do batizando e onde ele encontra-se. É inconcebível que alguém negue-se a batizar um pecador que confessa os seus pecados e a Cristo como único e suficiente salvador, e deseje ser o batizado por motivos tão irrazoáveis!

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  6. Pb. Heráclito
    Quanto ao significado, independente do entendimento da morte e ressurreição ou derramamento do Espírito Santo, é indiscutível que o significado central é a purificação!

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